Venda direta é opção para superar o desemprego
Devido às decrescentes vagas de emprego, cresce o mercado de revendedores e consultores independentes
Em maio deste ano, 36,5% dos mais jovens não tinham emprego na Região Metropolitana de São Paulo, aponta o Dieese. É mais que o dobro da média da população. Sem perspectiva de ter carteira de trabalho assinada, ele encontrou na venda porta a porta uma saída para se sustentar.
Muitos trabalhadores vêem na venda direta um refúgio para sobreviver na crise. Essa tendência já é nítida nos números das companhias de venda direta. Essas empresas, que comercializam de shake de emagrecimento a perfumes, encerraram 2015 com 4,6 milhões de revendedores no País, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). São 100 mil mais do que em 2014, após dois anos de estabilidade. A crise leva as pessoas a verem na venda direta um plano B para obter renda.
Muitos homens estão entrando neste mercao de venda direta. A grande maioria são pessoas com ensino superior incompleto das classes C e D. A estimativa é que 40% deles estejam desempregados. São pessoas que tiveram alguma ascensão social nos últimos anos, perderam o emprego e não conseguem se recolocar.
Mudança de hábito
O predomínio de homens como revendedores de itens de perfumaria e cosméticos, uma área onde normalmente as mulheres dominam, chama a atenção. Ocorre que a venda direta vai além da simples comercialização para parentes e conhecidos. Hoje, há uma verdadeira estrutura empresarial atrás do revendedor. Muitas empresas do setor, além de remunerar o representante com um porcentual sobre a venda feita, pagam bônus sobre as vendas da rede de revendedores que ele consegue formar para a empresa.
É exatamente esse negócio de criar uma malha de revendedores e treiná-los para venderem mais - o que permite a multiplicação dos ganhos - que tem atraído o público masculino, diz a diretora executiva da ABEVD, Roberta Sayuri Kuruzu. "No Marketing multinível, os ganhos vêm mais rapidamente."
Do lado das empresas, Roberta observa que a crise também ampliou o número de companhias que começaram a vender diretamente. Das 35 associadas, 7 ingressaram na ABEVD em 2015 e 4 este ano, até agora. Isso ocorre, segundo a executiva, por causa do custo menor de expansão em relação ao varejo tradicional, pois não exige gastos com aluguel, funcionários, energia elétrica, por exemplo. O varejo tradicional coloca produtos na prateleira, e na venda direta existe todo um trabalho de convencimento que ajuda a potencializar os negócios.
Internet
Quem associa a venda direta à aquele tradicional vendedor tocando a campainha para oferecer produtos está muito distante da realidade atual. Com a internet, os vendedores diretos incorporaram tecnologia no negócio e também se tornaram vendedores virtuais.
Veja mais em:
http://www.CrisePlanoB.com.br
http://www.CrisePlanoB.com.br
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.